Vida Conturbada.
02/11/12.
Eu poderia estar falando de almas que se foram neste dia em
que dedica in memória aos mortos, mas prefiro dirigir a palavra aos que
ficaram:
O único destino considerado fatal do ser encarnado é a
morte; ou seja: é deixar o corpo pela ocasião do desencarne que será menos traumático
para aquelas pessoas que fizeram desta vida carnal um esplendido ninho de amor.
A nossa oração alivia, pode até mudar o foco do pensamento
de quem está do outro lado e por isso as orações não são inúteis, mas não elimina
por assim dizer a culpa de quem fez da vida torpe um motivo de tormento para si
e para os outros.
Definição: trazemos para a vida carnal bagagens de vidas
passadas, entre as bagagens coisas ruins que deveríamos ter desvencilhado nesta
vida, se isto não o fez e ainda por cima agredimos, comprometemos mais ainda
com a nossa má índole a nós e aos outros, o óbvio é: não devemos esperar tanta
glória no céu, mesmo que nos chega a tempo o arrependimento. O arrependimento é
válido se tomarmos a acertada decisão de reparar o erro, mas se ao invés disso
continuarmos cometendo erros mesmo que seja em menor grau, o destino certo da
alma é sentar-se humildemente no trono dos réus e esperar pacientemente o
julgamento final do juiz ferrenho do tribunal da própria consciência, juiz
implacável.
Se ao invés de levar flores lindas aos que morreram, levar
consolo aos desvalidos que ficaram, filhos principalmente crianças destes que
partiram, seria no caso de ex-inimigo um ato sublime de perdão. Seria com
certeza transformar pelo ato de carinho um inimigo da Terra em um bem amado
amigo no “céu.” Ou seja: no Mundo Espiritual.
Reflitamos.
Jorge
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