Novo e Velho.
02/01/13.
Tudo o que sofre o processo de desgaste envelhece.
Tudo o que é concreto desgasta.
As pessoas deviam se apegar mais ao abstrato do que ao
concreto porque o abstrato não sofre a ação do tempo.
O que é o tempo?
Se existir alguma coisa que poderia ser mais antigo que Deus
é o tempo porque para tudo que existe precisa de tempo para existir e se Deus
existe precisou de um tempo.
Epa! Então Deus não é eterno? Alguém pergunta. Sim. Deus é
eterno. Mas também é abstrato e concreto ao mesmo tempo. É concreto porque
existe e abstrato porque não tem forma conhecida por nós, enquanto o tempo é
puramente abstrato.
Muita gente diz: o meu amor pela minha pessoa amada se
desgastou. Não. O amor não se desgastou, apenas não foi apreendidos de ambas as
partes e como o amor já não existia no conjunto e o que existia antes de uma
possível união era apenas uma carência afetiva pelo desejo do objeto em mira,
havendo o desgaste do objeto em mira a paixão esfriou e o desejo de estar junto
já não existe; falamos neste caso que o amor morreu e por não estar na posse e
por ser abstrato evaporou.
O amor é uma energia que se manifesta de dentro pra fora; ou
seja: do Espírito para o conjunto de vidas em comum.
A depressão das pessoas idosas ocorre exatamente por
perceber o desgaste no corpo físico que envelhece sob o comando de um Espírito
que não se desgasta, mas não se sente amada como desejaria.
O amor que perpetua é aquele exercido sobre o ser, o que é
exercido sobre a beleza desaparece aos poucos com o aparecimento das rugas.
Se quiserem ser felizes amem os seres e não os “ídolos da
beleza” porque os ídolos também envelhecem.
Obs. Admiração pela beleza de alguém não é amor... Muito
embora o desejo de possuí-lo como objeto seja grande... Mas os objetos
desgastam.
Reflitamos.
Jorge Cândido.
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