17 de agosto de 2015

Preguiça de Pensar.


Preguiça de Pensar.
17/08/15.

O ser humano de forma geral apresenta um quadro de sabedoria muito aquém do que seria capaz.
A que se deva a isso?! Preguiça de pensar. Aqueles que conseguem driblar a preguiça acabam por desenvolver melhor a inteligência.
A leitura: Qual o valor que se deva dar à leitura? Ninguém fica bem informado se não for absolutamente dedicado a leitura.
A informação escrita é uma dádiva. Tanto o médico quanto o advogado, ou qualquer outra profissão, não desenvolvem as suas capacidades, todos os seus potenciais, numa sala de cinema, ou diante da telinha da televisão; se desenvolvem debruçados sobre os livros didáticos de pessoas que registraram o que aprenderam e desenvolveram em páginas, e é isto que diferencia-nos de todas as outras espécies de animais, a capacidade de se inteirar, de interagir com o cabedal de outros, de alguns que nem o pó dos ossos já não mais existe.
Fazendo uma distinção entre a sabedoria e a inteligência: A sabedoria é a capacidade de se informar muito rapidamente e a inteligência é a capacidade da pessoa criar os seus próprios e novos sistemas. Dentro de uma única profissão tem aquele que aprende e é fiel ao que aprendeu e outros que desenvolvem algo mais, desenvolvem além do que aprendeu com outros. Com sabedoria se desenvolve aquilo que alguém se propôs a ensinar, com inteligência completa-se o que aprendeu desenvolvendo algumas teorias a mais que antes evidentemente não existiam.
Fazendo aqui um paralelo comparativo com a arte da pintura: Existem artistas pintores que retrata a realidade com todos os detalhes da perfeição, é o artista criador, o dono da obra; já outros que não cabe o título de criador, mas de copista, copia obras de outros com tanta perfeição e maestria o que já foi criado, que o autor da original tem dificuldade de identificar entre as duas a sua própria obra; a não ser pela assinatura, isto se a assinatura também não for falsificada. Isto se chama dedicação naquilo que faz.
O que ocorre com a maioria das pessoas nos tempos atuais? As atribulações do dia-a-dia, e o anseio exagerado pelos lazeres, impedem que as pessoas se dediquem ao máximo a leitura. O outro fator preponderante é o excesso de informações. O cérebro tem uma capacidade X de armazenamento de informação, e tudo aquilo que a pessoa não interessa, está em excesso, é descartada. Como as pessoas estão mais interessadas aos lazeres, e o que se aprende num programa de entretenimento não é quase nada que sirva como sustentáculo no desenvolvimento e no crescimento do cabedal intelectual, a pessoa acaba por aprender só mais ou menos. Podemos dizer que estamos vivendo na era do mais ou menos. E aquele que desenvolve toda a sua potencialidade, toda a sua capacidade se torna rei naquilo que faz, E é por isso também que muitos abandonam o seu campo de atuação para seguir outro. Procuram fazer aquilo que dá mais prazer e conseqüentemente mais lucro. Por isso também em todos os seguimentos das profissões temos poucos excelentes profissionais, porque a maioria não foram tão dedicados como deveria ser naquilo que se proporem a fazer.
Podemos dizer que em nosso país por causa desta questão do mais ou menos, quase zerou o número dos analfabetos e aumentou o número dos semi analfabetos. 
Sem querer criticar só por criticar, ninguém tenha dúvidas de que os meios de informações estão para prestar serviços à sociedade, mas o uso indiscriminado do meio com programas de pouco conteúdo educacional, tem sido mais prejudicial do que útil ao crescimento intelectual da humanidade em geral.

Jorge Cândido.

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