Espelho do Passado.
07/08/17.
Mi vendo pelo Espelho do
Passado bateu-me imensa saudade.
Recordei-me do tempo da
juventude,
Saúde e muita virtude para
fazer o que bem quiser.
Hoje me sinto cansado quase que
sem esperança;
Me vendo hoje no espelho as
minhas rugas faciais
e os meus cabelos brancos...,
Das pernas já meio mancas pouco
ando só mi arrasto.
Eu estou neste compasso, neste
compasso de espera.
Tenho hoje todo tempo, mas
pouco posso fazer.
Só sigo com as minhas dores batendo
de porta em porta...,
Sou apenas alma morta que
recusa hoje morrer.
Conto hoje só com a sorte,
ajuda de mais ninguém.
Somente o que mi convém é um
lugar para encostar.
Para eu pouco importa se
ninguém gosta de mim.
Estou à beira do fim, quase no
fim da jornada...,
Sou como boi de invernada que
aguarda o matadouro.
Nem ouro já não me importa o
que agora me importa
é poder morrer em paz.
Jorge Cândido.
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