6 de agosto de 2017

Espelho do Passado.

Espelho do Passado.
07/08/17.

Mi vendo pelo Espelho do Passado bateu-me imensa saudade.
Recordei-me do tempo da juventude,
Saúde e muita virtude para fazer o que bem quiser.
Hoje me sinto cansado quase que sem esperança;
Me vendo hoje no espelho as minhas rugas faciais
e os meus cabelos brancos...,
Das pernas já meio mancas pouco ando só mi arrasto.
Eu estou neste compasso, neste compasso de espera.
Tenho hoje todo tempo, mas pouco posso fazer.
Só sigo com as minhas dores batendo de porta em porta...,
Sou apenas alma morta que recusa hoje morrer.
Conto hoje só com a sorte, ajuda de mais ninguém.
Somente o que mi convém é um lugar para encostar.
Para eu pouco importa se ninguém gosta de mim.
Estou à beira do fim, quase no fim da jornada...,
Sou como boi de invernada que aguarda o matadouro.
Nem ouro já não me importa o que agora me importa
é poder morrer em paz.


Jorge Cândido.

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