27 de agosto de 2009

O Santo Inquerito

O Santo Inquérito
27/08/09

(Deus escreve certo por linhas tortas)
Havia dois ricos, muito ricos, um não conhecia o outro, mas os objetivos eram parecidos; trabalhar o Espírito para agradar a Deus. Eles almejavam a salvação.
Um disse: Eu tenho uma fortuna incalculável, poucos herdeiros e já estão todos muito bem na vida, vou pegar a fortuna que ainda me pertence, (ainda era muito grande a sua fortuna) vou distribuir aos pobres, dar um pouco de conforto a quem nada possui.
Começou por em prática a sua intenção e logo se viu embaraçado no meio de uma multidão de pedintes, que vinham receber cada um o seu quinhão. Em breve percebeu que a sua fortuna apesar de ser grande estava evaporando ràpidamente, e em breve ele se tornaria pobre como os demais pedintes. Então resolveu suspender aquela decisão, para não cair nas necessidades que até então não estava acostumado.
O outro rico achava que nunca era rico o suficiente então fez uma proposta para si mesmo: Vou multiplicar a fortuna que possuo, quantas vezes puder. Quero ser o homem mais rico do mundo. Quero ter macro-empresas capazes de empregar milhares de pessoas.
Tudo clareou em sua mente. O seu objetivo era sincero. Então tudo que fazia dava certo. Foi ficando rico, ficando rico; e quando deu por fé, já era dono de um patrimônio incalculável, gerando salário para muitos pais de família, que sentiam-se honrados de estar empregados nas suas empresas.
Ao passar do outro lado da vida, foram julgados por um Tribunal Divino.
Perguntaram para o primeiro: porque você não cumpriu o que prometera? – porque logo percebi que ia me tornar tão pobre quanto os outros. - Respondeu.
Então o santo inquérito disse: e você achava mesmo que o seu ideal daria mesmo certo?! Aqueles que você ajudou eram pescadores que precisavam pescar o peixe e não comê-los fritos. Perdeste o teu tempo.
Perguntaram para o segundo: Qual foi o resultado da sua decisão? - Respondeu: milhares de famílias empregadas com salários que considero justo.
Então o Santo Inquérito disse: Agiste bem. Escolha entre a vida eterna e reencarnação. A vida eterna será aqui sem nada fazer, e a reencarnação será ajudar aqueles que você ainda não conseguiu ajudar na sua vida.
Ele escolheu a segunda opção, porque deixou um elo de ligação muito grande com a humanidade. E assim foi feito.
Ao primeiro foi feito a mesma proposta, o qual escolheu a vida eterna. Com pouco tempo estava tão enfadado no mundo espiritual, que pediu para revogar a decisão. Já não agüentava mais aquela enfadonha vida de nada fazer. O qual, foi também atendido.
Moral da história. Deus não julga o resultado da nossa vida, mas sim, as nossas intenções. O primeiro rico teve boas intenções, mas não estava tão preparado como achava que estava. Não cumpriu com o prometido, mas a intenção foi boa. A intenção do segundo foi melhor ainda, porque deu emprego para muita gente, não os obrigando a vida de mendigagem
É por isso que se diz que Deus escreve certo por linhas tortas. Quase sempre nos equivocamos quanto ao julgamento de Deus. Há quem condena a riqueza como uma barreira que impede a salvação, mas não é a riqueza que impede a salvação, mas o mau uso que se fazem dela, isto sim impede.
O rico tem chance tanto de fazer muito bem, quanto muito mal. É apenas uma questão de escolha. Só que cada um deve arcar com as conseqüências.


Jorge Cândido.

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