Afetos e Desafetos.
30/07/16.
Sua Majestade O
Capitalismo.
O sistema
capitalista deu seu sinal de existência assim que foi cunhada a primeira moeda
com poder de compra e que ninguém sabe quando.
O capitalismo é o
resultado mais amplo do egoísmo; o de possuir e não abrir mão do que
possui.
Qualquer outro
sistema de política econômica esbarra inevitavelmente no egoísmo por isso no
capitalismo; nos países onde se tentaram o socialismo deu errado, piorou até, porque
o número de capitalistas embora em número menor, não deixou de existir, que
alimentado pelo egoísmo de poucos capitalistas que comandavam a política fez da
população escrava.
Dificilmente outro
sistema político econômico vai substituir o capitalismo porque a disputa de uma
vida de mais e mais regalias sempre vai existir.
O capitalismo
globalizou-se, mas não fez toda a população do globo capitalista; antes
fez da maioria das pessoas escrava, dependente do modismo. Aí vem a pergunta:
Tem solução para o problema? Resposta: Não. Não tem. Principalmente se o ser
humano não combater em si próprio o egoísmo.
Como vive o mais
rico do mundo e o mais pobre do mundo? O mais rico mora no palácio com todo o conforto
e luxo onde até "o pinico" e de ouro e o mais pobre vive na miséria
absoluta, mora nos aspectos sombrios dos viadutos, tem como casa uma caixa de
papelão e "o seu pinico" é ao ar livre, não tem nem privada pública à
sua disposição.
Aí vem alguém mais
filósofo e vai dizer: Mas todos têm chances iguais, porque não se esforçam para
conseguir um lugar à sombra? Será? Se não se esforçam evidentemente é porque
não são egoístas e o não egoísta não consegue viver em harmonia com os
egoístas.
Doa tudo o que
você possui, fique na lona, e imediatamente você perderá toda a amizade de
antes, os primeiros a ti abandonar serão os seus familiares a pretexto de que
você enlouqueceu; começando pelo cônjuge marido ou mulher.
Nenhum sistema
partindo do governo seria eficaz, não resolveria a questão, as diferenças sociais
sempre vão existir, mas poderia ser diminuída de tamanho, não precisaria ser tão
astronômica, mas por decreto governamental isto não acontecerá se não houver
uma atitude Consciencial enérgica de que o que deve mudar é o comportamento
humano. Qual o resultado disso? Lamentavelmente um mundo em conflitos em que as
pessoas não se amam e não se respeitam e o verdadeiro amor, providencial, para
esta população herética é o dinheiro.
O jogo de
interesses monetários está muito acima das considerações pelas pessoas. Não
existe um trabalho político neste sentido, para todos viverem bem, existe é um
trabalho psíquico - político para que a margem de lucro dos grandes
capitalistas sempre aumenta, nunca diminua. E cada vez que aumenta o lucro dos
capitalistas aumenta o número de pobreza no mundo também.
Em nível de
nações: Em busca de manter o seu poder econômico em alta, surgem as grandes
guerras e o domínio do homem sobre outros homens.
Nesta escalada de
poderes, muitos de acordo com as conveniências vão nos amar, mas a maioria vai
nos odiar.
Sempre ficará um
rastro de sangue pela posse do ouro. Quem tem não abre mão do que tem e quem
não tem cresce o olho no que o outro possui.
Áreas desérticas
onde não nasce nem carrapicho pode se transformar em motivos de ferrenhos
combates (Como a Faixa de Gaza no oriente médio entre Israel e Palestina e
Ilhas Malvinas na América do Sul que já foram palcos de guerras.)
sangrento e perdas de muitas vidas com motivo de orgulho as nações
vencedoras. E é isto que no mundo gera muitos Afetos e Desafetos, afeto nem
tanto, num mundo que está perdendo completamente a estabilidade, o egoísmo está
saturando tanto que está ficando impossível aqui viver.
É o Apocalipse?! O
apóstolo João estava certo, isto tinha mesmo que acontecer? Era uma
determinação Divina? Não. Não tinha que acontecer. Acontece porque somos
egoístas recalcitrantes e João Apóstolo sabia disso. Por isso o número de
acerto em suas previsões foi e está sendo maior que os erros. Deus jamais iria
destinar uma população completa de um planeta à bancarrota, e é isto que ocorrerá
se as pessoas não entenderem que a mudança tem que começar por elas mesmas,
pelas reformas íntimas de si mesmas.
Jorge Cândido