Conflitos Internos.

Conflitos Internos.

20/08/11

Cavalgava no deserto a caminho de Damasco quando foi surpreendido por uma forte luz e uma voz que lamentava a sua atitude: - Paulo, Paulo! Porque me persegues?!

Era a perseguição aos apóstolos chefiada por Paulo, mas a voz era a do Cristo que já não mais estava encarnado.

Toda aquela manifestação se deu pelo fato comum da mediunidade, de um homem que iria contribuir grandemente com a causa do Cristo.

Aquela perturbação durou enquanto havia dúvidas na mente sobre a sua missão.

Em razão deste encontro com a verdade, ficou cego e humilhado, foi orientado por aquela voz procurar Ananias, um dos simpatizantes do cristianismo quem depois lhe realizou a cura; a restauração da sua visão.

Daquele dia para frente Paulo passou de perseguidor a perseguido, e enquanto vivera esclareceu os povos da sua época com as suas famosas cartas carregadas de grandes ensinamentos.

Aqui se estabelece para todos nós um grande ensinamento, a de que é preciso em algumas circunstâncias estar cego para conseguir ver toda a grandeza da doutrina do Cristo.

Ninguém consegue vê-la com os olhos do corpo, mas sim, com a visão ampliada da alma.

Quantos de nós outros Paulo de Tarsos, passamos o tempo todo perseguindo o Cristo no deserto do nosso coração empedernido e quase só praticamente no fim da vida, quando os olhos do corpo já estão cegos de cansaço, incendeia-no no arrependimento de não ter conhecido o Cristo antes.

Jorge.