Constrangimento.
24/12/11.
Status, luxo, exibição.
A sociedade criou padrões de comportamento, a quem realmente interessa? Arrastada por sugestões criadas pela mídia é quase impossível resistir e ser diferente. Diferente seria louco por não adotar as mesmas atitudes. Não são de tudo inúteis tais idéias, mas naquelas pessoas que tem dificuldade de acompanhar estes padrões, psicologicamente se sentem diminuídas a não poder se comparar aos demais. No campo evolutivo tem importância fundamental, mas no íntimo psicológico, um vazio se estabelece que nada preenche, nem mesma as palavras poéticas compostas com a finalidade de quebrar o gelo da falta de inspiração. Quantos pais queria talvez ter um presépio harmonioso para apreciar; em substituição ao presépio real: o fogão apagado, a panela vazia, a calamidade pública iminente, a tristeza, a miséria e a desolação. Quantos, mais ou menos equilibrados financeiramente fizeram planos sem que conseguissem realizá-los e daí por adiante... “Aí um Papai Noel meio sem jeito que enche o saco de brinquedos que quase nem desperta interesses aos pequenos, visita aquelas crianças que apenas precisaria um pouco mais de amor, um pouco mais de carinho”, não num dia, uma noite no Natal, mas durante toda a infância. Passado todo o calor da festa, tudo volta à estaca zero. Todos voltam às rotineiras do dia-a-dia com as mesmas mazelas de antes. Isto é muito constrangedor.
Acordem os senhores cristãos, para os verdadeiros objetivos do Natal.
Natal significa paz e harmonia.
Jorge.
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