Meu Pequeno Beija
Flor.
29/10/12.
No jardim da minha
casa, onde casado ali morava, com Florinda meu amor;
Antes do raiar do
dia, na roseira todo dia pousava, um Pequeno Beija Flor.
De maneira bem tranqüila,
o cuitelo ali ficava, bonito muito até de se ver.
Eu feliz com a minha
querida flor, mais quatros filhos queridos;
Para mim nada faltava
e a minha família amava, de todo o meu coração.
Um dia sem mais nem
menos, como quem tomou veneno, eu vi todos envenenados.
Florinda não mais
queria, naquele singelo lar;
Ser a minha
inspiração.
De cara feia e
fechada, vi que estava agoniada, com a mente cheia de ilusão.
Com uma mala na mão,
para mim disse: -vou me embora, aqui mais não fico não!-
Fiquei bobo nesta
hora, na hora não sei por quê;
Fiquei todinho
irritado, meu corpo todo a tremer.
Vi meu mundo desabar,
a paz em casa acabar, senti meu sangue ferver.
Pedi a Nossa Senhora,
perdão pelo que não fiz.
A Florinda foi-se
embora, felicidade não quis.
Eu fiquei
desconsolado, pensei até em morrer.
Para mim foi só um
sonho, acordei do outro lado, sem saber o que fazer.
Sentado no meu
jardim, eu vi pesar sobre mim, a cruz que mi dói nos ombros.
Sou sombra de um
passado e vítima da ingratidão;
Todos os dias
levanto, olho para a minha roseira, não vejo mais o beija flor.
Só me resta um triste
pranto, da mulher que amei tanto, que fingiu ser meu amor.
Jorge.
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