28 de outubro de 2012

Meu Pequeno Beija Flor.


Meu Pequeno Beija Flor.
29/10/12.
No jardim da minha casa, onde casado ali morava, com Florinda meu amor;
Antes do raiar do dia, na roseira todo dia pousava, um Pequeno Beija Flor.

De maneira bem tranqüila, o cuitelo ali ficava, bonito muito até de se ver.
Eu feliz com a minha querida flor, mais quatros filhos queridos;
Para mim nada faltava e a minha família amava, de todo o meu coração.
Um dia sem mais nem menos, como quem tomou veneno, eu vi todos envenenados.
Florinda não mais queria, naquele singelo lar;
Ser a minha inspiração.
De cara feia e fechada, vi que estava agoniada, com a mente cheia de ilusão.
Com uma mala na mão, para mim disse: -vou me embora, aqui mais não fico não!-
Fiquei bobo nesta hora, na hora não sei por quê;
Fiquei todinho irritado, meu corpo todo a tremer.
Vi meu mundo desabar, a paz em casa acabar, senti meu sangue ferver.
Pedi a Nossa Senhora, perdão pelo que não fiz.
A Florinda foi-se embora, felicidade não quis.
Eu fiquei desconsolado, pensei até em morrer.
Para mim foi só um sonho, acordei do outro lado, sem saber o que fazer.
Sentado no meu jardim, eu vi pesar sobre mim, a cruz que mi dói nos ombros.
Sou sombra de um passado e vítima da ingratidão;
Todos os dias levanto, olho para a minha roseira, não vejo mais o beija flor.
Só me resta um triste pranto, da mulher que amei tanto, que fingiu ser meu amor.
Jorge.

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