11 de dezembro de 2013

Saudade.

Saudade.
12/12/13.

Quando a corruíla canta debaixo da comunheira,
Faz-me lembrar do sertão, minhas terras campineiras.

Relembro dos colibris colhendo o nécta da flor,
Dos nambus e dos sagüis, que eu via lá no serrado.

Até hoje ainda mi lembro apesar dos muitos anos,
Do meu casebre pequeno onde amei e fui amado.

Eu e mais minha pequena vivemos anos dourados,
Tão feliz fazendo planos sempre muito apaixonados.

Foi assim passando o tempo até que tudo mudou.
A minha alma vaidosa parece que enjoou.
Peguemos as nossas poucas trouxas viemos aqui pra cidade,
Correndo atrás de tesouros da nossa prosperidade.

O que foi que nós ganhamos quando aqui nós dois cheguemos?
Foi uma vida agitada e o ar cheio de veneno.

Os bons tempos foi passando nosso amor foi desgastando
De tudo hoje me arrependo.

Ainda moramos juntos, mas um pra lá outro pra cá.
Mi dá um nó na garganta uma Saudade sem fim.
Estou muito aborrecido tenho raiva até de mim:
Sair de um clima saudável e vir pra esta loucura.

Esta é a minha desventura, ainda bem que não nasceu;
“Nenhuma flor no jardim.”


Jorge Cândido. 

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