16 de outubro de 2015

Escravidão e Escravos da Beleza.

Escravidão e Escravos da Beleza. *
16/10/15.

"Sabe aquela história: Um pássaro muito belo de um cantar contagiante vinha todos os dias pousar no quintal da casa de um menino que o admirava por demais, tanto que resolveu capturá-lo e aprisioná-lo numa pequena gaiola para ficar mais perto de si. O menino aprisionou o pássaro porque era belo e cantava muito bem, e o pássaro ficou triste e mudo quando se sentiu aprisionado. Ao debater no pouco espaço da gaiola caiu algumas de suas penas e em prazo de poucos dias já não mais refletia a beleza de antes. O menino também ficou triste e na impossibilidade de vê-lo alegre, decidiu por libertá-lo que em poucos dias recuperou a alegria e voltou a cantar no quintal da casa novamente."

Isto de forma pouco diferente acontece com o ser humano também, principalmente com a beleza feminina em relação ao homem. A mulher bela ou a que se sente bela por ser tratada como tal, costuma perder o encanto quando se sente prisioneira do marido que a tem como propriedade. Nestas circunstâncias, a mulher que aspira liberdade, fica no que diz respeito ao equilíbrio psicológico, sem as bases de sustentação; o amor entre os dois esfria, para dar lugar ao ciúme, a birra, e a intolerância.

Os seres humanos são como pássaros, nasceram para serem livres, não na escravidão, o domínio não deve prevalescer de um sobre o outro, se a convivência a dois deixou de ser interessante, prazeiroso, está na hora de rever conceitos. Eu sou da opinião que se deve pensar mil vezes por decidir a viver junto conjugalmente e duas mil vezes por decidir-se pela separação, mas se a união, o convívio a dois está sufocante, porque não decidir pelo divórcio? Se tem filhos a separação não exíme-os das obrigações de pais; vivam cada um a sua liberdade como deve ser vivida, vivam em casas separadas se assim desejarem, mas façam isso amigavelmente, como o menino que deu carta de euforria ao pássaro, não como inimigos de guerra.

Na mente de casais que se separam, sempre fica aquele pensamento negativo de que se devem odiarem porque se separaram. Infelizmente.

Jorge Cândido.

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