Tirando Por Mim.
29/12/15.
Ser feliz é uma consequência ou inconsequência? O que é a felicidade? Como se define? Pode-se dizer de uma pessoa que nunca sofreu, nunca teve decepção, nunca sentiu dor física é feliz? Uma coisa segue-se a outra, não falta exemplos de comparações. Se definirmos a felicidade a completa ausência de males que nos atinge então ninguém é e nunca na história da humanidade alguém foi feliz.Tomando como medida de comparação a minha própria vida, eu digo que sou feliz a meu modo. Eu digo que ser feliz é ser conformado. Conformado com o que sou e com o que tenho. Tenho uma família que não é isenta de problemas e dificuldades, mas é a minha família. Eu tive o meu quinhão de sofrimento e de tristezas, de problemas que ninguém escapa. A minha infância foi marcada pela situação difícil de meus pais; no campo profissional eu gostava do que fazia, mas não era o que escolhi, mas foi o que me restou durante anos de recessão e desemprego; a dificuldade financeira impediu de que eu me preparasse melhor para o futuro da vida, mas a quem reclamar senão a mim mesmo? Só uma coisa eu afirmo: apesar de muitos pontos negativos, sou relativamente feliz por não carregar outra culpa senão aquela que recai sobre eu mesmo. Aceitei todas as dificuldades como sendo acidentes de percurso; olhando por este lado eu digo que sou feliz, mas por outro lado a experiência minha adquirida fez aumentar um enorme peso em meu coração, talvez por não ter conseguido iliminar de vez o egoísmo que ainda se manifesta dentro de mim. Como ser feliz num mundo tão desigual, num mundo em que a gente sequer sabe se amanhã de manhã a gente vai acordar? Digo do sono mesmo, das tantas noites mau dormidas, das preocupações de: como será o mundo amanhã? Dá para ser totalmente feliz num futuro tão incerto? Devemos acreditar num milagre Divino que num passe de mágica tudo vai ser resolvido ou devemos arquitetar uma forma mais coerente de sairmos desta redoma de problemas por nós mesmos? Não dói o coração ver esta manada de gente despatriada buscando um lugar ao Sol e vendo as fronteiras se fecharem? É por isso que afirmo e reafirmo: enquanto no planeta existir fronteiras, houver paízes dominantes; enquanto o homem imaginar que felicidade se prende ao superfluo da materialidade não haverá nenhum deslumbrar para um futuro melhor, muito menos haverá lugar para a verdadeira e plena felicidade.
Jorge Cândido.
29/12/15.
Ser feliz é uma consequência ou inconsequência? O que é a felicidade? Como se define? Pode-se dizer de uma pessoa que nunca sofreu, nunca teve decepção, nunca sentiu dor física é feliz? Uma coisa segue-se a outra, não falta exemplos de comparações. Se definirmos a felicidade a completa ausência de males que nos atinge então ninguém é e nunca na história da humanidade alguém foi feliz.Tomando como medida de comparação a minha própria vida, eu digo que sou feliz a meu modo. Eu digo que ser feliz é ser conformado. Conformado com o que sou e com o que tenho. Tenho uma família que não é isenta de problemas e dificuldades, mas é a minha família. Eu tive o meu quinhão de sofrimento e de tristezas, de problemas que ninguém escapa. A minha infância foi marcada pela situação difícil de meus pais; no campo profissional eu gostava do que fazia, mas não era o que escolhi, mas foi o que me restou durante anos de recessão e desemprego; a dificuldade financeira impediu de que eu me preparasse melhor para o futuro da vida, mas a quem reclamar senão a mim mesmo? Só uma coisa eu afirmo: apesar de muitos pontos negativos, sou relativamente feliz por não carregar outra culpa senão aquela que recai sobre eu mesmo. Aceitei todas as dificuldades como sendo acidentes de percurso; olhando por este lado eu digo que sou feliz, mas por outro lado a experiência minha adquirida fez aumentar um enorme peso em meu coração, talvez por não ter conseguido iliminar de vez o egoísmo que ainda se manifesta dentro de mim. Como ser feliz num mundo tão desigual, num mundo em que a gente sequer sabe se amanhã de manhã a gente vai acordar? Digo do sono mesmo, das tantas noites mau dormidas, das preocupações de: como será o mundo amanhã? Dá para ser totalmente feliz num futuro tão incerto? Devemos acreditar num milagre Divino que num passe de mágica tudo vai ser resolvido ou devemos arquitetar uma forma mais coerente de sairmos desta redoma de problemas por nós mesmos? Não dói o coração ver esta manada de gente despatriada buscando um lugar ao Sol e vendo as fronteiras se fecharem? É por isso que afirmo e reafirmo: enquanto no planeta existir fronteiras, houver paízes dominantes; enquanto o homem imaginar que felicidade se prende ao superfluo da materialidade não haverá nenhum deslumbrar para um futuro melhor, muito menos haverá lugar para a verdadeira e plena felicidade.
Jorge Cândido.
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