18 de dezembro de 2016

Cordeiro de Deus.

Cordeiro de Deus.
18/12/16.

Entre os muitos cognomes de Jesus o Cordeiro de Deus é o que significa mansuetude. Mas mesmo o Cordeiro de Deus segundo relato bíblico, teve os seus momento de revolta, usou a sua crítica para denunciar, não as religiões, mas os falsos religiosos. Como no caso dos *Vendilhões do Templo* que ocorreu quase que uma manifestação de fúria, talvez isto tenha lhe custado o martírio, talvez isto tenha lhe custado a vida. Quando Jesus pronunciou a máxima: Não Julgueis Para Não Serdes Julgados, pois na mesma medida que julgardes será julgado, ele Jesus, estaria pronunciando isto em contradição? Não. Esta máxima não se aplica a Jesus e nem a ninguém, se aplica aquelas pessoas hipócritas que querem denunciar atitudes impróprias de outras pessoas quais elas mesmas ainda não se livrou. O homem que comunga com os mesmos ideais dos hipócritas não deve e não há como julgá-los, muito menos condená-los; mas se a pessoa não sofre deste mesmo mal é até um dever, não julgar por julgar, para simplesmente jogar o nome da outra pessoa na lama, mas se o comportamento da outra pessoa hipócrita prejudica um número grande de pessoas é até um dever do homem de bem denunciar é preferível que só uma pessoa caia do seu pedestal do que outras muitas gentes venham a cair por culpa de uma só pessoa. Para isso a nossa palavra tem grande peso. Eu não posso criticar diretamente nomes porque num estado corrupto a vítima vira réu e o réu vira vítima. Quem ainda não está preparado para o repuxo do castigo, para passar pelo mesmo martírio por qual passou Jesus, deve limitar-se em denunciar o efeito e não a causa, muito menos o causador. Se as pessoas julgando e denunciando os abusos do mundo o mundo já está ruim deste jeito, imaginem se todos os cristãos encarassem a máxima de Jesus Não Julgueis Para Não Serdes Julgados ao pé da letra como não estaria? Denota-se que mesmo muitas pessoas autorizadas pelo estado têm dificuldade para julgar e condenar. Por quê? Por que cai no sentido mais profundo da máxima: Não Julgueis Para Não Serdes Julgados. Não há como uma pessoa mau caráter condenar outro mau caráter tal qual. É se debater em águas profundas paradas e turvas como alguém que não sabe nadar, ou ainda não tem competência para se livrar de um possível afogamento.


Jorge Cândido.

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