13 de dezembro de 2010

A Grande Festa.

A Grande Festa.
13/12/10.
Abrem-se as cortinas e o espetáculo já vai começar.
Atores todos  apostos,
Para mais uma dramatização para falar do Menino Jesus,
Por conta da passagem do Natal.
Palavras lindas,
De efeito sonoro agradável,
Em toda parte havemos de ouvir.
No lar de cada cidadão comum,
Preparação para a reunião familiar.
Tudo com fartura,
Presentes nas mãos;
Mas no coração da maioria um vazio.
Um vazio que ainda não será preenchido:
-Pela verdadeira felicidade. –
Na telinha de TV,
Filmes falando do Natal,
E na mesma sala,
Sem prestar muita atenção no filme,
Palavreados estridentes;
Membros querendo justificar o injustificável:
O pouco relacionamento com os familiares durante o ano que passara.
Na cozinha iguarias de todo tipo,
De vários sabores, decorados;
Como se o aniversariante se importasse com tudo isso.
Mas dentro,
Bem dentro do íntimo,
Uma pequena ou grande frustração;
Frustração de um lindo relacionamento perdido,
Que não de certo,...
De um filho que se mostrou ingrato,...
Do patrão que não reconheceu o seu esforço,...
Da euforia indesejada de alguém,
No momento errado.
Frustração até; (veja que absurdo)
De ter sido por alguns momentos durante o ano; feliz,...
O almoço sai,
Todos almoçam e bebem muito.
A tarde vem e o cansaço monta.
A noitinha um ar desânimo,
Marca o fim da festa.
Estômago azedo,
Dor de cabeça,
Mente confusa,...
E o Espírito do Natal mais uma vez,
Perdeu-se ao meio a tantos exageros.
Aquele abraço apertado, sincero do perdão não existiu.
Ficou para o próximo Natal.
Existiu um fingimento,
Quase forçado, constrangido,
Para voltar a rotina de sempre e continuar,
Tudo como era antes.
Talvez até pior.
Jorge.

Nenhum comentário:

Postar um comentário