23/12/10.
Por onde andas, ó dignidade?
Porque te afastastes de mim?!
Sinto falta do tempo em que tu estavas comigo.
Todos me respeitavam e me queriam bem,
Mas agora, ah! Agora;
Nem mesmo os entes antes mais queridos!
Todos passam por mim com desprezo!
Não me olham e não me cumprimentam.
Será que tu não sente mais saudade,
Do tempo em que filhos respeitavam os pais,
E os pais falavam em tom calmo com os filhos,
Para não exemplificar a agressividade?
Você não tem saudade,
Do tempo em que idade avançada,
Era sinônimo de experiência de vida a ser copiada?
Do tempo em que homens e mulheres de mais idade,
Eram tratados eles de senhores e elas de senhoras?!
Sei que tu vais dizer que os tempos mudaram;
Que esta coisa de senhores e senhoras é do passado;
Mas, estás feliz com toda esta discrepância de falta de respeito?!
Volte para casa dignidade!
Volte a ser o que era enquanto é tempo,
Porque depois que estiver tudo perdido não interessa mais.
Volte, para que possas matar um pouco da minha saudade,
Do tempo em que tudo parecia estar no seu devido lugar.
Certo?!
Jorge.
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