Pessoas Objetos.
24/09/12.
É triste dizer que no mundo dos
negócios a maioria das pessoas são objetos.
O capitalismo não enxerga a alma
enxerga o ser produtivo e o não produtivo e este raciocínio contamina a todos
que fazem parte da ciranda chegando até ao nível do relacionamento conjugal;
deixou de ser produtivo obviamente descarta-se como coisa imprestável.
Muita gente é usada neste sistema
maluco perdendo totalmente a noção, o sentido verdadeiro da vida, porque está
na lista, na linha de produção.
Pessoas que se sentem insubstituíveis,
mas se apavora quando suspeita ter que disputar com outra o mesmo espaço o
mesmo posto, com medo evidentemente de ser varrido do local descartado,
pesa-lhe a idéia de recomeçar outra aventura terrestre diferente a que não está
acostumada.
Submete-se então a humilhação para
garantir uma vidinha insignificante que considera status e sem um verdadeiro
sentido de ganho real, o ego fica jogado pela beiras do escanteio e a
consciência sente-se terrivelmente como que um frangalho.
Tudo isto porque as pessoas se
consideram entre si pelo que elas têm e não pelo o que elas são.
Tudo o que não tem alma é objeto e
neste caso se as pessoas não conseguem enxergar entre elas a alma são objetos.
Isto tem solução, mas poucos têm a
coragem de enfrentar a maratona de arrependimento e de reparação.
Os próprios líderes religiosos
pregam a mansidão, o não descontentamento.
É por isso que as pessoas, a
grande maioria tem dupla personalidade: uma para Deus e outra para o mundo.
O homem que ora de joelhos é o
mesmo que chora com medo de cair; chora a sua condição de ser porque não preenche
satisfatoriamente os requisitos das exigências do imperialismo cruel, que não
vê no homem um ser humano, mas uma máquina de fabricar dinheiro. Se este falhar
como as máquinas falham, com certeza a sua vida será considerado (por aquele
que o empregou) sucata.
Raciocinemos.
Jorge.
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