O Que Importa?
14/10/12.
O Que Importa? –
normalmente diz o homem alimentado do saber egoístico quando se trata da
questão da alma. Para ele evidentemente é o presente que importa e o tempo
passado e futuro cada um com os seus resultados. Se tiver de gozar a vida que
goze agora porque “o futuro a Deus pertence e o passado já se foi”, este é o
infeliz slogan bastante usado. Mas o homem não é só carne e nem tão pouco só
Espírito, é também consciência que precisa ser preservada; consciência que
cobra, que atormenta que estuda possibilidades, que avalia tempos perdidos.
O nosso presente
existe porque tivemos um passado e a percepção mesmo que remota, mesmo que
muito de relance do que éramos existe e se quisermos no futuro “respirar ar
puro, em novos haustos” temos que planejá-lo comparando com o que fomos.
O Que Importa deixa
ser mera questão expressiva e se transforma se não for levada em conta em
problema futuro se cada um não fizer a sua parte.
Diferentemente da
maioria da outras espécies de animais a raça humana está na plena fase de
crescimento populacional e o mau planejamento é a inevitável implantação do
caos. No caos ninguém respeita ninguém, e cada coisa está e não está em lugar
nenhum, nada tem estabilidade. Para que cada coisa esteja no lugar certo e
desejado é necessário plano, plano de planejamento futuro e não plano de enriquecimento
ilícito.
O bandido que hoje ti
intercepta, ti enquadra retirando o que você mais ama de arma em punho, pode
ser a mesma pessoa na criança que ontem ti enquadrou pedindo no cruzamento
humilhante pedaço de pão, mas o que na verdade mesmo o que queria era um pouco
mais de atenção qual lhe fora negado. O Que Importa?! Não é meu filho?! – você pensou:
não fui eu que a coloquei no mundo?! – e por aí saiu em alta velocidade no seu
carrão importado deixando para traz nuvens de fumaça porque na sua concepção de
vida você não tem nada a ver com a vida de ninguém. Mas se ao invés de egoísta
fosse tu fraterno talvez a tua palavra tivesse feito a diferença, o seu
discurso seria outro e ao invés de ter ajudado a formar mais um bandido de
carteirinha, teria ajudado sim a formar mais um cidadão de bem, de consciência.
Raciocinemos.
Jorge.
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