1 de novembro de 2012

E Se Deus Não Fosse Deus?!


E Se Deus Não Fosse Deus?!
01/11/12.
Olho para o azul do céu, vejo simplesmente o Sol escaldante, folhas secas caem pairando o ar forrando o chão num extenso tapete; estamos vivendo um período muito quente, calor ardente longo do verão. Parece que tudo se vai acabar em fogo sem nada poder fazer nestes angustiantes dias quentes quando no longínquo horizonte parece um fio de esperança: são pequeninas nuvens que muito se espera que se transforme em águas de chuvas e molhe o chão tão estorricado deste meu sertão para a alegria do meu povo; humildes sertanejos. Mas tudo não passa de pura miragem, paisagem criada da pura ilusão: as nuvens foram embora e tudo continua como se nada antes mudou. As nuvens não aumentaram, nas minhas terras não choveu, e mais um dia desesperador no calendário se conta como o mais quente do ano. Quando a esperança já deixou de ser esperança, quando o que se espera parece já não mais fazer sentido, eis que ouço o ribombar de ameaçadora tempestade com raios e trovões; tudo escurece a esperança volta e a chuva cai torrencialmente para ressuscitar a vida. Toda a alegria volta ao coração dos aflitos da seca que vê agora o seu pedaço de chão molhado e o verde ressurgirem de um panorama antes quase que sombrio. Então o homem humilde já cansado, humilhado pela longa seca põe-se a refletir: E Se Deus Não Fosse Deus?! Nada, nada iria renovar-se. E assim mais uma vez pelo teste de paciência o homem é colocado a prova, aprende que pelo sofrimento bem suportado aproxima se de Deus e pela satisfação do eu se não houver um mínimo de coerência poderá afastá-Lo; pois é exatamente nos momentos de crises que os sentimentos nobres que adormeciam no âmago espiritual despertam com toda força em atos simples de solidariedade.
Jorge

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