29 de novembro de 2012

Senhor de Si.


Senhor de Si.
30/11/12.
Ouvimos e lemos constantemente expressões mais ou menos assim: O Senhor Deus é quem me dirige. Jesus é o meu Pastor. O santo tal é o meu protetor. O meu guia, o meu mentor. – são frases lindíssimas porque são chavões bem montados, mas, e o sentido próprio das frases? Não inspira aí um sentimento baixo de orgulho misturado com preconceito?! Porque não nosso ?
Deus, Jesus, santos; é para todos ou é só para mim com exclusão dos demais? Está aí uma das falhas da humanidade. É o sentimento de posse mesmo nada possuindo. Recorre-se por qualquer motivo a Deus, a Jesus, aos santos, para solucionar os mais absurdos problemas. Problemas de ordem humana na maioria dos casos, mas todos nós somos ainda Paulo de Tarsos a caminho de Damasco, é preciso primeiro a espiritualidade provocar em nós uma forte luz, nos humilhar, anuviar a nossa pobre visão crítica, para depois fazer brotar de dentro de nós, da alma, outra visão mais apurada, os sentimentos mais nobres, mas sempre é preciso um Ananias para tirar as escamas dos nossos olhos e ditar tintim por tintim as regras do jogo para nos transformar em exímios jogadores. Também como Paulo Tarso temos que nos recolher ao sítio do nosso íntimo interior, o nosso eu espiritual, matar o homem velho que nos atormenta para fazer ressuscitar o homem novo com outros ideais, o homem espiritualizado; assim, igualzinho como Paulo foi ressuscitado. De perseguidor a perseguido.
Poucos de nós conseguimos “chegar ao Céu” pelos próprios esforços, é sempre necessário algum tipo de anjos de asas brancas virem resgatar os que estão entalados “no abismo da corrupção”, da consciência culposa, porque por si sós não conseguem sair.
Quando é mesmo que nós “Paulo de Tarsos, simbolicamente falando, vamos nos tornar Senhor de Si?” Quando evidentemente estivermos regenerados assim como Paulo, pelo processo da reforma íntima. É preciso exigir menos dos santos e mais de nós mesmos.
A Espiritualidade de Luz é para todos, poupemos-lhe o sacrifício de fazê-la descer até nós, aprendamos a ir ao mais alto degrau da espiritualidade pelos nossos próprios esforços.
Reflitamos.
Jorge. 

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