Tempo Encantado.
14/05/13.
Lembro-me de outrora,
Tempo Encantado; quando tudo era poesia.
Tempo em que ainda
não havia tanta tecnologia e quase tudo era artesanal.
Tempo em que se ouvia
a bandinha no coreto, dos grandes saraus.
Com muita saudade
ainda me lembro dos casais de namorados brincando de príncipe e princesa; de
passa anel, na maior simplicidade como mandava a sã e abençoada inocência.
Psicopata pouco havia,
ainda não havia fábrica de psicopata tudo era artesanal; mas havia as grandes
cirandas ao luar.
Tempo em que os
jantares eram realizados a luz de velas, e o encontro ele e ela tinha um quê de
pureza, era puro romantismo.
Então tudo passou. A
mulher não é mais a princesa encantada, desencantou tal qual Eva comeu o fruto
do paraíso, o fruto da ciência, “e do domínio do homem se libertou.”
Ela ficou mais
inteligente e ele mais precavido e menos romântico. Nem quadrinha poética
consegue rimar mais, tornou se escravo da velocidade do tempo e nem tempo acha
de dizer a sua amada companheira: Amor eu ti amo.
O amor também caiu na
redoma da velocidade do tempo, e é por isso que enquanto houver tempo de tempo
em tempo Deus envia um dos missionários espirituais para dizer a humanidade: “Dá
um tempo. “Puxa o freio de mão para sobrar tempo para o amor.”
Jorge Cândido.
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