25 de maio de 2014

Triunfar.

Triunfar.
25/05/14.
Hoje é dia de palestrantes terem consigo discurso já elaborado falando do sucesso pessoal, de como chegar de forma milagrosa a obter tudo o que é de ambição do ser humano possuir. Eu falo do triunfo, Triunfar sobre si mesmo, de não se tornar mais um prisioneiro deste sistema de consumo que conduz o ser humano ao stress e menos fraterno. É lógico que não vamos voltar no tempo dos nossos avós e deixar de usufruir de toda esta tecnologia que foi criada para facilitar a vida, mas também torna-se obsessivo a ponto de querer, querer e querer; é o que deve-se observar o espírito para não entrar em clima desnecessária de competição. Toda necessidade a princípio é psicológico para depois tornar-se uma necessidade real. Como exemplo eu poderia dizer quase que tudo. De que forma o homem se virava antes da televisão, do celular, do carro; de todos os aparelhos domésticos? Tudo são coisas que se tornaram necessárias porque passou a existir. Mas isto também faz parte da evolução. Triunfar que eu digo é sobre a ambição de querer muito sendo que o que a gente precisa é tão pouco. Porque dez pares de sapatos se ninguém consegue andar calçado em mais de um par por vez? Isto é apenas um pequeno exemplo. Depois disso vem o carro e tantas coisas mais que nossos avós não possuíam e nem por isso foram mais infelizes. A infelicidade de muitas hoje se resume muito mais na inveja e no orgulho do que propriamente na necessidade. Existem pessoas que tem crises de inveja quando o vizinho recebe um aparelho novo e ele vê, alguns chegam até a ter dificuldade de respirar. É sobre esta natureza humana que o Mundo Espiritual atém, porquê é em função de querer possuir que pessoas se atropelam; é em função de bens materiais que se registra a maioria dos crimes. A obsessão em certas pessoas chega ao nível tão gritante que algumas tramam a morte dos próprios pais para ficar com aquilo que ela considera fortuna, enquanto que a verdadeira riqueza é a paz de espírito. Alguns senhores e senhoras não revelam as senhas da conta bancária nem para os próprios filhos com medo de serem roubados, quando morrem além de deixar tudo ainda deixa também uma enorme dificuldade para os filhos que não conseguem de imediato gerir o que o falecido possuía. Quem consegue Triunfar sobre si mesmo deixa de se atormentar com as coisas materiais porque descobre que para viver bem não precisa de muito; basta resignar-se ao que possui.
Jorge Cândido.

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