Domingo de Outono.
18/06/16.
Domingo de Outono,
Ares tristes, dia
chuvoso;
O silêncio impera.
Homens de batalha
estão recolhidos,
Impacientes espera
o céu anunciar.
A clarineta ainda
não tocou,
Somente se ouve ao
longe, muito longe;
Quase que
melancólico,
Um cão a ladrar.
Tudo, a natureza
ainda dorme,
Somente os homens
não.
É um silêncio
quase profundo, total.
Parece até que é o
fim do mundo,
O último dia da
humanidade;
Mas graças à Deus
ainda não é.
É um pouco de
tristeza,
De quem já foi
realeza,
E hoje perde a
esperança.
Lá fora o frio
está cruel,
Nos palácios
confortáveis agasalhados,
Dormem os réus;
Nas ruas gemem as
crianças.
Nem mesmo os anjos
da guarda,
Não se vê mais
pelas ruas,
A vestir as almas
nuas,
Que já tremem
congeladas.
Nos templos alguns
monges ainda oram,
Diz que estão de
vigília no conforto do templo.
Ao longe gritos e
algazarras,
De jovens
adolescentes, inconseqüentes
Vindo das farras,
das drogas e das bebedeiras.
Parece que todos
cheiram a tal de ervas daninhas.
Parece até que as
rainhas já estão contaminadas.
Este é o mundo em
que vivemos,
Que aos poucos vai
perdendo,
O cultivo da
moral.
É pena que o mundo
um dia acabe,
Que eu nem sei se
vai ter vaga,
A tantas almas
penadas,
No Mundo
Espiritual.
Jorge Cândido.
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