19 de junho de 2016

Domingo de Outono.

Domingo de Outono.
18/06/16.

Domingo de Outono,
Ares tristes, dia chuvoso;
O silêncio impera.
Homens de batalha estão recolhidos,
Impacientes espera o céu anunciar.
A clarineta ainda não tocou,
Somente se ouve ao longe, muito longe;
Quase que melancólico,
Um cão a ladrar.
Tudo, a natureza ainda dorme,
Somente os homens não.
É um silêncio quase profundo, total.
Parece até que é o fim do mundo,
O último dia da humanidade;
Mas graças à Deus ainda não é.
É um pouco de tristeza,
De quem já foi realeza,
E hoje perde a esperança.
Lá fora o frio está cruel,
Nos palácios confortáveis agasalhados,
Dormem os réus;
Nas ruas gemem as crianças.
Nem mesmo os anjos da guarda,
Não se vê mais pelas ruas,
A vestir as almas nuas,
Que já tremem congeladas.
Nos templos alguns monges ainda oram,
Diz que estão de vigília no conforto do templo.
Ao longe gritos e algazarras,
De jovens adolescentes, inconseqüentes
Vindo das farras, das drogas e das bebedeiras.
Parece que todos cheiram a tal de ervas daninhas.
Parece até que as rainhas já estão contaminadas.
Este é o mundo em que vivemos,
Que aos poucos vai perdendo,
O cultivo da moral.
É pena que o mundo um dia acabe,
Que eu nem sei se vai ter vaga,
A tantas almas penadas,
No Mundo Espiritual.

Jorge Cândido.


Nenhum comentário:

Postar um comentário