Jamais Perca a Humildade.
18/07/16.
Foi apenas um
sonho, mas poderia ter sido verdade no mundo real. Sonhei que era um
palestrante, daqueles bem talentosos oradores. Escrevi a minha pauta sobre o
que deveria falar, mas não preparei a fala o discurso, sequer treinei o que ia
falar. Diante de uma pequena platéia, mas de gente muito bem preparada que
esperava pela palestra faltou-me a inspiração para o improviso. Busquei num
caderno mau organizado pelo título, pensei vou ler, não consegui. Por mais que
mergulhasse os olhos nas páginas não aparecia, parecia até que a pauta escondia-se
de mim. Como tinha tempo determinado para acabar aquela secção, fui obrigado
meio que constrangido a me desculpar pelo fracasso, quando todos já haviam
desistido de esperar. Só que para eu ninguém deu mais bola, todos viraram as
costas em sinal de desprezo, ninguém mais se importaram comigo. Não senti
vexame, mas uma dor no coração pelo meu orgulho ferido, me senti despreparado.
Valeu a experiência deste quadro de lembranças, deste sonho: Jamais Perca a
Humildade pensei: Isto aconteceu porque passei por cima dos organizadores
daquela secção, como orador respeitado tomei a frente de outras pessoas que
julguei não competente, tentei eu, e quem foi incompetente foi eu.
Fica aí esta
grande lição: Por mais que a gente acha que sabe muito na verdade sabe nada,
nada o suficiente para manter o equilíbrio, a capacidade de estar vinte e
quatro horas por dia sempre preparado. Isto vale para muita gente que se
orgulha da sua mediunidade. Paulo de Tarso teve experiência num quadro de
mediunidade e se converteu, mas para se tornar apostolo dos gentios, teve que
se humilhar, teve que abrir mão da sua condição de doutor, do seu orgulho,
recolher-se a um estado extremo de humildade e para isso teve que fazer
treinamento, voltando a sua antiga profissão de tecelão para sobreviver. (Na
fabricação de tapetes) Havia sim, uma convocação espiritual esperando por ele,
esperando pela sua preparação. No seu recolhimento ele que já era um convertido
cristão pode entender que ele como Paulo doutor nada seria além de hipócrita,
nada produziria de bom para o bem do cristianismo. Abriu mão de toda a sua
regalia que tinha como doutor, para ser um divulgador convicto da doutrina
pregada pelo Cristo, que o fez na sua nova condição muito bem, escrevendo
inúmeras cartas à várias igrejas, para muitos povos, com conteúdo e argumentos
importantes, que na época deu força ao cristianismo nascente; seus argumentos
fortes levariam como leva até hoje a conversão de muitas pessoas que estudam os
seus pensamentos. De perseguidor a perseguido se tornou o maior apóstolo do
Cristo.
Quem estaria de
fato disposto nos dias de hoje de abrir mão das suas regalias como Paulo de
Tarso o fez para se tornar um peregrino caminheiro da palavra do Cristo? É por
isso que muitos missionários fracassam, poucos estão dispostos a se sacrificar
pela causa do Evangelho e sem sacrifício não há conversão. Deus não pede que
sejamos iguais a Paulo, mas que sejamos mais humildes.
Jorge Cândido.
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