Os Julgados e Julgadores.
08/04/18.
No tribunal da Consciência dado a nossa pouca evolução
espiritual todos são réus na causa própria. Quem são Os Julgados e Julgadores
neste caso? Somos nós mesmos. Todos podem considerar neste exemplo: a minha reputação
é intocável, me tratam como se eu fosse um homem íntegro, sem discussão, mas eu sei quando foi que peque; pequei no
momento exato das minhas fraquezas como um ser pensante. Eu posso ter pecado
num momento em que acreditei não ter havido nenhuma testemunha, mas eu estava
ali não tem como negar, naquele momento exato da minha fraqueza. Quanto mais si
tem clareza do certo e do errado, mais si sente acuado pelos fantasmas dos
nossos próprios julgadores. O perdão poderá vir de qualquer outra pessoa alheia
que se diga tenha sido prejudicada pelas minhas atitudes, menos pela nossa
Consciência. Este fantasma invisível da Consciência sempre estará colado em nós
gritando aos nossos ouvidos: Você é culpado! Você é pecador! – Se não fosse
assim, que interesse haveria a pessoa de regenerar-se? Imagina um homem de toga
que viesse a delinqüir nesta vida carnal, até por orgulho próprio não admitiria
a sua culpa, sustentaria a sua inocência até o fim, mas desencarnado como
seria? Quando as nossas lembranças se abrem em leque? Numa circunstância em que
não se descarta a probabilidade, estariam presentes todos os seus acusadores?
Porque muitos espíritos têm pressa em reencarnar? Porque exatamente acredita e é um fato,
encontrará refúgio sob a capa de carne. É aonde ele o Espírito se sentirá um
pouco mais seguro, protegido, mas que não está totalmente livre das
perturbações, principalmente quando estes não evitam novos deslizes. O ser
humano sofre pelo efeito da sua culpa e muitos são condenados a levar uma vida
de limitações, quando na verdade ele é a causa do seu próprio sofrimento das suas
limitações. Quando as pessoas dizem que em tais lugares encontrou Deus, não,
encontrou em sua Consciência um pequeno ponto de equilíbrio. É com essa
ferramenta (a Consciência) que ele sobe os degraus da evolução. No campo mais
inferior da racionalidade (os animais) o ser vai aprendendo a discernir o certo
do errado pelas trombadas que encontra pela frente. Quem evolui é o Espírito,
embora a matéria também evolua, mas numa escala muito menor. Por exemplo: Há
milhões de anos que o João de barro faz a sua casinha com as mesmas estruturas
em que a gente vê hoje, mas o Espírito que o anima, que é o princípio
inteligente, já não é o mesmo nem de há cem anos. Se não houvesse o choque
entre presas e predadores a evolução espiritual seria quase que tão lenta
quanto à evolução da matéria. “Seqüencialmente o dócil luluzinho de hoje é o
Pitt Bull de ontem, e o Pitt Bull é o lobo mau do passado que abatia e devorava
as ovelhas do redil.”
Jorge Cândido.
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