15 de fevereiro de 2012

Visão Apocalíptica.


Visão Apocalíptica
30/03/06.
Vivendo em fim no limite das minhas forças; preocupa-me o que virá pela frente.
Percorri longa distância, da infância a velhice. Vi o mundo se transformar e muitas coisas de bom e ruim acontecerem.
Vi guerras, e homens tombando por toda parte. Como também vi cidades se erigirem onde antes eram lugares desérticos.
Vi homens maus se converterem ao bem, e bons se converterem ao mal.
Vi homens que idolatraram os ídolos e ídolos que se idolatravam a si mesmos.
Vi acúmulo de gente em movimento, como se formigas fossem. Mas vi também templos que não eram freqüentados por ninguém apesar de cheios.
Vi mendigos arrogantes vítimas do próprio personalismo; como também doutores que escondiam o anel de grau. Vi luzes e trevas. Vi combate entre o bem e o mal.
Vi Cristo na cruz e cristos coroados. Vi gente que se odiaram e gente que se amaram.
Vi e ouvi o que muita gente não vira e não ouviram.
Vi gigante se tornarem pequenos e troar de um novo dia ouvia.
Vi velhos se tornarem crianças e ouvi choro de agonia.  Vi chuvas e tempestades ouvi murmúrio dos ventos. Vi moinhos e cata-ventos, ouvi feras que rugiam. Vi no céu almas chegando e outras que do céu fugiam.
Ouvi um tilintar de sinos, convidando para orar; mas surdos? Ninguém ouvia! Só ouvia o ribombar, do zabumba igual trovão; convidando pra formar uma especial nação. Ninguém mais queria ver nem ouvir o chamamento. Foi grande a decepção, pra aqueles que nada ouviram.
Só se ouviram um lamentar e rumores bem distante; numa nave os navegantes um choramingar de dores. Doutores não mais se via, com traje der arrogante. O bonito ficou feio, farrapo em traje elegante. Vi burro xucro de arreio, e domador sem a guasca. Vi muita gente sem freio amarrado na estaca.
No céu eu vi um sinal, anunciando o fim do mundo. Num pavilhão de hospital, vi aos montes os moribundos.
É como se fosse um sonho, tudo isto que descrevo. Morro de pavor e medo, que se torne realidade.
Por amor e caridade, não permita que eu recorde. Só assim serei feliz, pra sempre na eternidade.
Jorge.

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